O episódio aconteceu em um hospital público onde um médico prescreveu 2 medicamentos constantes da lista do programa “Aqui tem Farmácia Popular” para controle de pressão arterial para uma senhora.
Quando ela foi comprar os medicamentos numa drogaria que faz parte do programa “Aqui tem Farmácia Popular” do governo federal foi orientada pelo farmacêutico para pedir ao médico para trocar a receita e apenas alterar as doses dos medicamentos ajustando a posologia, para que ela conseguisse adquiri-los sem custo.
O médico rasurou a receita. Então a paciente voltou a drogaria e infelizmente o farmacêutico não pode atender a receita por esta rasurada. De novo ela teve que voltar ao médico que desta vez fez uma receita com as doses constantes da lista de medicamentos do programa “Aqui tem Farmácia Popular”, mas acrescentou na mesma um recado ao farmacêutico falando para ele “Não perder tempo com picuinhas”.
Li sobre este episódio no blog Sala de Emergência e sua fonte foi o site G1.
Lamentável a atitude do médico.
Sabemos que existem médicos muito competentes que ajudam o paciente a obter o medicamento da forma mais fácil ou mais em conta.
O objetivo deste artigo é trazer uma discussão sobre a necessidade de interação dos profissionais de saúde, afim de promover uma interação saudável entre estes profissionais que concordam, junto com a autora deste blog, que a atitude deste médico não foi boa.
No blog onde li sobre este artigo foram feitos alguns comentários que me chamaram a atenção:
Entrei em contato com o autor do blog que me autorizou a reproduzir tais comentários.
1º Comentário:
Pra isso que serve o farmacêutico nas farmácias! Para fornecer e orientar ao paciente a dose prescrita, independente se não há na farmácia que ele trabalha, remédios que contenham exatamente a dosagem prescrita. Exemplo: se não há hidroclortiazida de 25 mg, ele pode fornecer comprimidos silcados de 50mg e orientar ao paciente que tome a metade…sem ter que obrigar o paciente a retornar no médico para mudar a receita.
O médico tem o direito de escrever “orientações” aos farmacêuticos e aos pacientes na receita. Exemplo “não trocar por genérico” “Não trocar por similares” ou mesmo “Deixe de picuínhas”
2º Comentário:
Bem feito pro farmacêutico. Não tem que se meter na prescrição do médico
3º Comentário:
Muito engraçado estas pessoas comentarem a favor de um médico que por preguiça não receitou da maneira exigida pelo programa Farmácia Popular.
Sugiro que se informem das leis que regem o programa “Aqui tem Farmácia Popular” antes de defender um médico que não tem conhecimento da mesma.
Enquanto o farmacêutico estava fazendo Corretamente o seu trabalho seguindo o que o governo federal manda.
4º Comentário:
Farmacêutico tem que obedecer o governo ou tem que prestar uma boa Atenção Farmacêutica ao paciente? Fazer uma senhora se deslocar até um hospital 3 vezes? Isso lá é qualidade de vida? O mesmo já aconteceu comigo e o farmacêutico simplesmente ligou para o hospital e falou com o médico quanto à prescrição equívoca.
5º Comentário:
Será que foi realmente o farmacêutico que fez a paciente voltar ao médico 3 vezes?
Se o médico tivesse conhecimento da lei e tivesse prescrito corretamente da primeira vez a paciente não teria este trabalho todo.
Atenção Farmacêutica vai muito além da definição escrita pelo comentário acima e não tem nada a ver com esta situação. Muitas vezes uma ligação telefônica não é o suficiente para resolver tais problemas.
Sugiro que as pessoas se informem mais antes de comentar a favor do médico em uma situação como esta.
Na data de hoje dia 18/09/2012 o post em questão possui mais 2 comentários muito relevantes para discutirmos no próximo artigo,que a autora já me autorizou a publicar.
Acredito que os farmacêuticos devem se comportar exatamente da forma que o profissional se comportou no episódio narrado e não ser coniventes com atos ou atitudes que fogem à Legislação vigente.
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bom esse "medicu" pq não e medico que apresente tem que ler principalmente sua cartilha de prescrição medica, que diz no primeiro paragrafo "não rasures a prescrição,pois ela é um documento"ou seja o farmacêutico fez seu trabalho. não sabe trabalhar troca de profissão meu filho