Neste fim de semana me dediquei em montar a imagem do Farmacêutico Digital segurando a plaquinha contra o mosquito Aedes aegypti com o slogan da campanha do governo federal “10 minutos contra a dengue“.
Sim, devemos dedicar 10 minutos da nossa semana contra a dengue.
Se cada pessoa dedicar 10 minutos da sua semana se empenhando seja em eliminar os focos do mosquito ou de alguma forma combater a dengue podemos combater a doença.
Ficou linda né! Deu um trabalho danado. Quem trabalha com edição de imagens sabe o que estou dizendo. Principalmente para uma iniciante como eu.
Para montar a imagem do meu Farmacêutico Digital usei como inspiração a imagem, que achei muito fofa, da campanha contra a Dengue do CRF SP.
Fonte Imagem: CRF-SP /Reprodução |
Penso que quanto mais pessoas divulgarem as campanhas dos órgãos governamentais, relacionadas à saúde, mais chances temos de que as pessoas tenham acesso à informação, mais chances temos de que melhoremos a saúde deste país.
Pesquisando sobre Dengue, Zika e Chikungunya encontrei um artigo pequeno, mas que me chamou muita atenção. Porque faz todo o sentido.
O título do artigo era assim:
Esta matéria foi publicada no dia 25/01/2016 no site Diário Digital da cidade de Campo Grande-MS
Segundo o professor de Imunologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), médico veterinário e doutor em Doenças Tropicais e Saúde Internacional Dr. André Luis Soares da Fonseca.
“Retirar potinhos de água não adianta nada. É uma estratégia errada. Você tem é que colocar potinhos de água para a fêmea do mosquito botar os ovos, depois basta você jogar a água fora e estará eliminando o problema”
Ao ler a reportagem percebi que faz todo sentido o que o professor explica.
O mosquito morre ao botar o ovo. Quando retiramos todos os focos de água para que o mosquito se reproduza fazemos com que o mosquito procure outros lugares que estão escondidos dele e, principalmente, de nós. Dessa forma, não conseguimos eliminar o mosquito de forma eficiente.
O professor diz também que, com esta campanha exagerada de limpeza estamos eliminando também os predadores naturais do mosquito que são as lagartixas, aranhas e até outros mosquitos predadores. Tudo isso, ao invés de ajudar a combater está contribuindo para que haja a proliferação do A. aegypti.
Se quiser ler a matéria na íntegra acesse este link: http://www.diariodigital.com.br/geral/dengue-tirar-agua-do-potinho-nao-dianta-nada/140130/
O objetivo deste blog é esse. Levantar questões pertinentes. Levar informações. Fazer com que o leitor pense, critique, discuta e aprenda pelo menos um pouco. 😉
Fonte Imagem: Saude MG / Reprodução |
A infecção pelo vírus da dengue causa uma doença com uma sintomatologia extremamente ampla. O maior problema é que a dengue pode evoluir desde uma simples forma Clássica para a Hemorrágica podendo levar a pessoa à morte. Daí a sua importância tão grande.
Sem contar o vetor da doença que é um mosquito muito bem adaptado ao meio urbano que transmite o vírus.
O site do Instituto Oswaldo Cruz possui várias vídeos aulas sobre o controle do Aedes aegypti, bem como sobre a Dengue.
Clique no link embaixo da imagem para acessar este site muito rico em informações para você:
http://www.ioc.fiocruz.br/dengue/ |
Dia 02/02/2016 a Fundação Oswaldo Cruz lançou o site Rede Dengue, Zika e Chikungunya com mais informações e notícias sobre estas doenças.
♦ Dengue – Diagnóstico e manejo clínico adulto e criança – Ministério da Saúde – PDF-5ªEdição|2016
♦ Dengue – Diagnóstico e Manejo Clínico – FUNASA – PDF
♦ Farmacêuticos Contra a Dengue – CRF – SP
♦ Campanha Estado de Minas Gerais – Combate a Dengue
♦ Site sobre o Mosquito Aedes aegypt do Ministério da Saúde de Portugal
O vírus Zika é um vírus recente, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti que foi inicialmente identificado no Uganda, na floresta que leva seu nome, em 1947. Posteriormente, foi identificado em seres humanos, em 1952, no Uganda e na Tanzânia. Têm-se registado surtos da doença do vírus Zika na África, nas Américas, na Ásia e no Pacífico.
Género: Flavivírus
Vector: mosquitos Aedes (que picam, normalmente, durante a manhã e ao fim da tarde)
Reservatório: desconhecido
O período de incubação (o tempo que decorre desde a exposição até aos sintomas) da doença do vírus Zika não está estabelecido, mas é provavelmente de alguns dias. Os sintomas são semelhantes a outras infecções por arbovírus, incluindo o dengue, e são a febre, coceira, manchas vermelhas na pele, conjuntivite (causa vermelhão nos olhos), mialgia (dor muscular), artralgia (dor nas articulações), mal-estar e cefaleias (dores de cabeça). Estes sintomas são, normalmente, ligeiros e duram 2-7 dias. Com evolução benigna em geral.
O que se sabe com certeza é que o vírus Zika é transmitido às pessoas através da picada de um mosquito infectado do gênero Aedes, principalmente o Aedes aegypti. É o mesmo mosquito que transmite o dengue, o chikungunya e a febre amarela. Outras formas de transmissão como por leite materno, sêmen, ou saliva ainda estão sendo estudadas e não podem ser consideradas como formas de transmissão do vírus.
O vírus Zika é diagnosticado através de PCR (reação em cadeia da polimerase) e do isolamento do vírus em amostras de sangue. O diagnóstico por sorologia pode ser difícil porque o vírus pode ter uma reação cruzada com outros flavivírus, como o dengue, febre do Nilo Ocidental e febre amarela. Por isso o exame para detectar este vírus é demorado.
Não existe tratamento específico para a doença causada pelo vírus Zika. Também não há ainda vacina contra o vírus.
O que é recomendado é o tratamento para os sintomas da doença, que no caso são antitérmicos quando a pessoa estiver com febre, os mesmos para o tratamento da dengue. No caso de coceiras, anti-histaminicos podem ser utilizados.
Além do controle da proliferação do mosquito, seu principal vetor.
Ainda não há nenhuma conclusão que relacione diretamente a ocorrência da microcefalia com a infecção pelo vírus Zika. No entanto toda gestante deve se proteger sempre de qualquer picada de mosquitos e ter vários outros cuidados, principalmente no primeiro trimestre da gestação.
♦ Zika x Microcefalia
♦ Tire Suas Dúvidas
Link: Cartilha Informações ao Público do Ministério da Saúde |
Chikungunya é uma doença viral transmitida aos seres humanos por mosquitos infectados. Em geral as espécies Aedes aegypti e Aedes albopictus.
Não há cura para a doença. O tratamento é focada no alívio dos sintomas.O nome “chikungunya” deriva de uma palavra na língua Kimakonde, que significa “tornar-se contorcido”, e descreve a aparência curvada dos doentes com dor nas articulações (artralgia) durante um surto quando foi descrita pela primeira vez no sul da Tanzânia em 1952.
Chikungunya caracteriza-se por um início rápido de febre frequentemente acompanhada por dor articular. Outros sinais e sintomas comuns incluem dor muscular, dor de cabeça, náuseas, fadiga e erupção cutânea. A dor articular é frequentemente muito debilitante, mas geralmente dura por alguns dias ou pode ser prolongada até semanas. Por isso, o vírus pode provocar a forma aguda, subaguda ou crônica da doença.
A maioria dos pacientes se recupera totalmente, mas em alguns casos a dor nas articulações podem persistir por vários meses, ou mesmo anos. Casos ocasionais de olho, neurológicos e cardíacos complicações foram relatadas, assim como queixas gastrointestinais. Complicações graves não são comuns, mas em pessoas mais velhas, a doença pode contribuir para a causa da morte. Muitas vezes os sintomas em indivíduos infectados são suaves e a infecção pode passar despercebida, ou ser diagnosticada em áreas onde ocorre a dengue.
O vírus é transmitido de humano para humano pela picada de mosquitos fêmeas infectadas. Mais comumente, os mosquitos envolvidos são Aedes aegypti e Aedes albopictus, duas espécies que também podem transmitir outros vírus transmitidas por mosquitos, incluindo a dengue. Esses mosquitos podem ser encontrados mordendo todo o dia, embora possa haver picos de atividade no início da manhã e final da tarde.
Depois da picada de um mosquito infectado, o início da doença ocorre geralmente entre 4 e 8 dias, mas pode variar de 2 a 12 dias.
O diagnóstico pode ser feito através de exames sorológicos detectando-se anticorpos anti-IgM e IgG Chikungunya.
Não há nenhum tratamento específico para Chikungunya. O tratamento é direcionado principalmente para aliviar os sintomas, incluindo a dor nas articulações com antipiréticos, analgésicos e reidratação. Não existe vacina chikungunya comercial. Recomenda-se repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em abundância.
Espero que vocês tenham gostado do artigo. Aqui embaixo tem um folder para download que fiz quando trabalhava na drogaria.
Fontes:
http://www.who.int/mediacentre/factsheets/zika/pt/
http://www.dgs.pt/em-destaque/informacao-sobre-zika.aspx
http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs327/en/
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