Não é possível falar sobre aminoácidos sem falar de proteínas.
As proteínas estão presentes em praticamente todas as estruturas celulares e ainda são responsáveis pela constituição de anticorpos e hormônios. Controlam praticamente todos os processos que ocorrem em uma célula, exibindo uma diversidade de funções quase infinita.
Veja nesse artigo o que são aminoácidos e qual sua importância para a nossa saúde.
Para exemplificar a grande importância das proteínas, listamos abaixo 7 funções importantes exercidas por elas
Que ligam-se entre si por meio de uma ligação covalente conhecida como ligação peptídica, onde há a perda de uma molécula de água (H2O). Veja o exemplo na imagem abaixo ▼
As ligações peptídicas ocorrem entre um grupamento amina (NH2) e o grupamento carboxila (grupo ácido – COOH), dos aminoácidos. Normalmente, utiliza-se o termo proteína para designar uma estrutura formada por mais de 70 aminoácidos distintos.
Quando falamos sobre a constituição das proteínas usamos o termo polímero.
Polímeros são macromoléculas (macro=grande) formadas a partir de unidades estruturais menores chamadas de monômeros, ligadas entre si formando uma cadeia polimérica ou cadeia longa. Os monômeros são moléculas de baixa massa molecular formadas por um único mero ou unidade de repetição. Os meros são as unidades que se repetem em um polímero.
Os aminoácidos são os monômeros que constituem as proteínas. A constituição básica de um aminoácido é um átomo de carbono (C), que está ligado a quatro elementos diferentes, um grupamento amina (-NH2), um grupamento carboxila (-COOH, grupo ácido), um átomo de hidrogênio (H) e um radical (R), que é a parte que varia de um aminoácido para outro.
Todas as proteínas encontradas na natureza são constituídas pela combinação de 20 aminoácidos. O radical é que irá definir o tipo de aminoácido. Esses aminoácidos são:
Os vegetais são capazes de sintetizar todos os aminoácidos que necessitam a partir das cadeias de carbono dos açúcares que produzem na fotossíntese e dos nitratos que retiram do ambiente. No entanto, os animais, inclua aí a espécie humana, sintetizam apenas alguns aminoácidos, obtendo os demais de sua alimentação.
Existem duas classificações para os aminoácidos considerando-se o fator nutricional, ou seja, a via de obtenção desses aminoácidos. Alguns podem ser sintetizados pelo corpo enquanto outros são dependentes de uma fonte externa para atender a demanda de nosso organismo. Essa classificação incluem os não essenciais e os essenciais.
Compreendem os aminoácidos que são sintetizados pelo organismo e não dependem de uma fonte externa para serem obtidos. Isso ocorre em indivíduos saudáveis, não acometidos por certas patologias. São eles:
Alguns aminoácidos não são sintetizados pelo organismo e, por isso, precisam ser obtidos a partir de uma fonte externa para serem absorvidos e utilizados na síntese de proteínas. Eles são obtidos regularmente pela alimentação.
Existem 10 aminoácidos essenciais:
Nosso organismo, em condições normais, é capaz de produzir alguns aminoácidos em quantidade suficiente para atender sua própria demanda, no entanto, na ocorrência de determinadas patologias que aumentam o consumo desses aminoácidos, eles têm de ser obtidos da alimentação, de uma fonte externa.
Nessas situações clínicas como após um trauma grave e sepsis, por exemplo, há aumento do consumo desses aminoácidos. Esse consumo excede a capacidade de produção corporal, por esse motivo, esses aminoácidos são considerados condicionalmente essenciais. São eles: arginina, cisteína, glicina, prolina e tirosina.
Todos os aminoácidos essenciais podem ser encontrados no feijão porém, ele apresenta uma quantidade pequena de metionina e cisteína. Em contrapartida, o arroz é rico em metionina e cisteína e faz o balanceamento desse prato. O famoso arroz com feijão é capaz de suprir todos os aminoácidos essenciais o que transforma esse prato em uma combinação nutritiva perfeita, em termos de proteína.
Onde dois neurônios (células nervosas), se encontram, existe uma lacuna muito pequena entre eles (sinapse). O impulso elétrico que viaja ao longo do axônio de um neurônio deve se converter em um sinal químico para preencher essa lacuna e transmitir esse sinal ao próximo neurônio para dar continuidade ao impulso elétrico. Certas substâncias químicas chamadas neurotransmissores são liberadas nas sinapses para cumprir essa função.
Alguns aminoácidos são também utilizados como neurotransmissores: aspartato, beta-alanina (isômero de alanina), glicina e glutamato.
Alguns aminoácidos são utilizados como aditivos pela indústria alimentícia.
Entre eles podemos citar o aspartame, utilizado como adoçante, que contem aspartato e fenilalanina. Contudo, nos indivíduos fenilcetonúricos, a sua ingestão deve ser rigorosamente controlada. O excesso de fenilalanina causa toxicidade e pode prejudicar o desenvolvimento cognitivo em pessoas sensíveis.
O glutamato é utilizado como um realçador de sabor e está presente em uma grande gama de alimentos industrializados como temperos e outros. São os alimentos que contêm glutamato monossódico em sua constituição.
E então, viu como os aminoácidos são importantes para nós?
Seja na constituição das proteínas, em nossa alimentação, “em nossos pensamentos” (neurotransmissores), o fato é que dependemos enormemente dos aminoácidos. E olha que isso é somente a “ponta do iceberg”, se fôssemos destrinchar o assunto, teríamos conteúdo para muitos e muitos artigos mais.
E olha que nem falamos das vitaminas nesse artigo…
Mas isso é porque já temos alguns artigos sobre vitaminas que você pode conferir nos links abaixo:
Tabela Periódica das Vitaminas
A Vitamina D e sua Grande Importância
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