O consumo irresponsável e indiscriminado de medicamentos é um grande problema de saúde pública e uma das principais causas de intoxicação registradas no Brasil. Essa prática também é conhecida como “consumo irracional de medicamentos”, visto que, não são seguidas as mínimas recomendações de segurança pelos pacientes, seja por desconhecimento, automedicação ou falta de orientação de um profissional.
Qualquer medicamento, ainda que não seja tarjado e seja de venda livre, não é isento de risco e, possíveis efeitos colaterais podem ocorrer se não forem utilizados com critério. Para evitar problemas de intoxicação, além da orientação de um profissional, é necessário ter conhecimento das informações disponíveis nas caixas dos medicamentos.
Tais informações não estão ali por acaso ou por questões estéticas, essas informações tem a finalidade de orientar o consumidor/paciente e são essenciais para o uso consciente e responsável dos medicamentos conhecido como “uso racional de medicamentos”.
São várias as informações que devem constar nas embalagens dos medicamentos e por isso, as enumeramos abaixo para facilitar o entendimento e a interpretação das mesmas. Assim podemos garantir o uso seguro e consciente de medicamentos.
É a denominação comercial do medicamento. No caso de medicamentos de “marca”, é o nome registrado e aprovado pela Anvisa, seguido do nome da principal substância contida no medicamento.
Já nos medicamentos genéricos, o que deve constar é somente o nome da substância ou princípio ativo, visto que, os genéricos não possuem “marca”, isto é, nome comercial. Essa classe de medicamentos, também devem conter a frase: “Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999”.
Os medicamentos fitoterápicos apresentam o nome comercial mais o nome científico da planta ativa.
As caixas também devem conter o nome escrito em braille.
Contém as informações do detentor de registro do medicamento no Brasil como o nome, endereço, CNPJ da empresa e o local de fabricação do produto.
No caso de medicamentos fabricados por terceiros, deve constar o nome da empresa que fabrica o medicamento e o local onde foi fabricado.
Esses dados dão mais segurança ao consumidor e garantem a procedência do medicamento.
Estes dados devem informar o número do lote a que o medicamento pertence para fins de rastreamento em caso de lotes que apresentem algum problema ou contaminações. Data de fabricação e data de validade com no mínimo, mês e ano de fabricação. Esteja sempre atento a essas informações, fazer uso de medicamentos vencidos traz um grande risco à saúde do paciente.
Sigla “MS” seguida do número de registro no Ministério da Saúde conforme determinação oficial, composto por 13 dígitos. O registro do medicamento é realizado junto à Anvisa, entretanto, quem fornece o número de registo é o Ministério da Saúde.
Tanto os medicamentos de marca quanto os genéricos devem conter logo abaixo do nome a dose do medicamento, a via de administração, se é de uso oral, injetável ou tópico e, a faixa etária indicada, uso adulto e/ou pediátrico.
Sempre consulte a bula do medicamento para informações detalhadas, esta deve ser lida com atenção antes do uso. Na bula podem ser encontradas as informações sobre a indicação do medicamentos, precauções, contraindicações, posologia, interações com outros medicamentos e uma série de informações relevantes.
É a identificação do Responsável Técnico pela fabricação do medicamento com o respectivo número de registro no Conselho Regional de Farmácia (CRF). É de responsabilidade do Farmacêutico que sejam seguidas, em todas as etapas de fabricação do medicamento, as “Boas Práticas de Fabricação”, para que o medicamento atenda a todos os requisitos de qualidade e eficácia esperados.
No mercado farmacêutico existe uma imensa variedade de medicamentos disponíveis para consumo. Por isso, são classificados conforme o grau de risco que o seu uso pode oferecer à saúde do paciente. A forma encontrada para classificar os medicamentos é o sistema de tarjas ou faixas (clique aqui para mais informações), que podem ser facilmente identificadas em suas embalagens.
Também conhecidos como Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) ou OTC (do inglês, Over the Counter, que significa sobre o balcão), esses fármacos apresentam poucos efeitos colaterais ou contra-indicações, desde que usados corretamente e sem abusos, por isso podem ser dispensados sem a prescrição médica.
De modo geral, as tarjas vermelhas representam o grupo de medicamentos que oferecem risco intermediário ao consumidor e que só devem ser utilizados quando prescritos por médicos ou dentistas. Dentro dos medicamentos de tarja vermelha, ainda há os que podem ser vendidos sem retenção de receita e com retenção da receita (medicamentos controlados pela Portaria 344/98) .
Os medicamentos de tarja preta são os que podem exercer ação estimulante ou sedativa no sistema nervoso central. Também são chamados psicotrópicos ou entorpecentes. Por isso, a tarja preta vem com a inscrição “VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – O ABUSO DESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR DEPENDÊNCIA”.
Toda embalagem deve conter a quantidade de comprimidos, cápsulas, volume de líquido, quantidade de pó para suspensão, ampolas, etc., qualquer que seja a apresentação do medicamento contido na embalagem.
Refere-se aos cuidados em relação às condições de armazenamento e à temperatura que o medicamento deve ser conservado. Medicamentos termolábeis são os que devem ser considerados sob refrigeração, normalmente entre 2 e 8ºC e a maior parte dos medicamentos pode ser conservada em temperatura ambiente entre 15 e 30ºC.
Também pode conter outras advertências como não congelar, proteger da luz e umidade ou outra situação aplicável conforme o tipo de medicamento.
Em toda embalagem de medicamento deve constar a frase “Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance de crianças”. Também podem ser encontradas informações como indicação de uso, e contraindicações quando são de MIP’s, além de cuidados especiais como restrições de uso por certas classes de pacientes e a presença de componentes que podem provocar reações alérgicas.
Todo medicamento deve trazer a informação da composição na embalagem. Normalmente é colocada uma informação simplificada indicando o princípio ativo e a quantidade por unidade.
As informações completas sobre todos os ingredientes podem ser encontradas na bula do medicamento.
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