O laboratório aché tem uma campanha que de uma forma bem descontraída e educada chama a atenção à necessidade de uma prescrição médica legível e que vale comentá-la aqui.
Seu nome é:
Todos os dias, nos balcões das farmácias e drogarias, nos deparamos com inúmeras prescrições médicas ilegíveis cujas letras se parecem com “garranchos”.
♦ Lei 5991, em vigor desde 1975, esclarece que “somente será aviada a receita: que estiver escrita a tinta, em vernáculo, por extenso e de modo legível, observados a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais”.
♦ Artigo 15 do decreto federal nº 20.931/1932 indica no item b) que um dos deveres dos médicos é “escrever as receitas por extenso, legivelmente, em vernáculo, neIas indicando o uso interno ou externo dos medicamentos, o nome e a residência do doente, bem como a própria residência ou consultório;”
♦ E o Código de Ética Médica de 2009, em seu artigo 11, determina: “É VEDADO ao médico: receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou ilegível, sem a devida identificação de seu número de registro no Conselho Regional de Medicina da sua jurisdição, bem como assinar em branco folhas de receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros documentos médicos.”
O Folder da campanha foi distribuído nos consultórios médicos para os pacientes que esperavam pela consulta. Uma amiga farmacêutica o levou e me mostrou, foi quando me interessei e resolvi escrever este artigo.
Intervenções medicamentosas são realmente necessárias na grande maioria dos casos clínicos. No entanto, em muitos outros, ela não é a única alternativa disponível. Infelizmente, a ânsia humana por algo que tenha efeito rápido e não demande trabalho, as pílulas mágicas, condicionam os indivíduos cada vez mais a subordinarem-se à necessidade inquietante de se medicar.¹
As pessoas que trabalham em drogarias aviam várias prescrições médicas todos os dias. Algumas com letras maravilhosas, fáceis de entender, outras com letras que, muitas vezes somente um olho bem treinado consegue distinguir qual o medicamento está prescrito.
E tem também aquelas que já foi preciso pedir ao cliente que levasse a receita de volta ao médico para que ele diga o que escreveu e então a pessoa possa comprar o medicamento.
Aqui no Farmacêutico Digital temos um artigo que ensina o
Uso Correto dos Medicamentos – PES 01.
Também temos um artigo que nos dá
Informações sobre Armazenamento de Antibióticos.
Estes artigos podem ajudar a entender e agir de forma correta sobre como guardar e utilizar os medicamentos.
Acesse-os e aprenda.
Este tema é muito importante, tendo o farmacêutico um papel fundamental na manutenção da saúde do paciente.
O Farmacêutico pode orientar como guardar os medicamentos, como usar, se necessário anotando os horários de administração para o paciente não esquecer. E pode também estimular o paciente a tomar o medicamento explicando os benefícios que este irá trazer na manutenção de sua saúde.
A classe médica define adesão como o grau com que o paciente segue o plano terapêutico.
Estudos sobre o comportamento de pacientes demonstram que apenas metade das pessoas que deixam o consultório médico com uma receita toma o medicamento de acordo com as orientações prescritas. Entre as muitas razões alegadas pelos pacientes para não cooperar com um plano terapêutico, a mais comum é: esquecimento.²
♦ O que é Posologia?
♦ Manual de Orientações Básicas para Prescrição Médica
♦ Campanha Receita Correta no Estado de Mato Grosso iniciativa das farmácias de manipulação.
♦ Regras para Receituários da Portaria SVS/MS nº 344 de 12 de maio de 1998
Fontes:
1. Prescrição médica e a ânsia humana pela cura encapsulada
2. Manual Merck – Capítulo 11 – Adesão ao Tratamento Medicamentoso
3. CFM
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Pode ser que essa lei exista mas ate hoje 10/06/2014 continuo recebendo receitas que nem farmacêuticos conseguem entender, já tive caso em que o farmacêutico teve que ligar para o médico p explicar o que havia escrito. Acho ridículo, pois quem passa tanto tempo estudando quanto um "MÉDICO" deveria ao menos saber escrever, já que a maior parte se intitulam doutores, sem sequer ter doutorado.