A internet está cheia de Fake News sobre vacinas.
Precisamos ser críticos sobre tudo o que lemos na internet »»» Não podemos acreditar em tudo o que é publicado.
Para escrever esse artigo consultei sites como a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), o Ministério da Saúde Brasileiro, um artigo da rede de noticias americana ABC que traz informações do CDC americano e o Fascículo XIII do PROJETO FARMÁCIA ESTABELECIMENTO DE SAÚDE: Cuidado farmacêutico em vacinação do CRF-SP.
O formato do artigo será de informações sobre vacinas com perguntas e respostas sobre o que é VERDADE e o que é MITO sobre esse assunto.
Sabemos que a vacina da gripe deve ser tomada todos os anos, pois os vírus que causam a gripe sofrem mutações e se tornam cada vez mais virulentos, podendo levar as pessoas à morte.
Dois termos importantes utilizados na discussão de infecções por vírus e bactérias são patogenicidade e virulência. Patogenicidade refere-se à capacidade do vírus ou outro micrororganismo/parasita de causar doença. Virulência refere-se ao grau de patogenicidade. Vírus avirulento é aquele incapaz de causar doença. Um vírus atenuado é aquele cuja capacidade de causar doença foi reduzida geralmente por múltiplas passagens em cultivo celular, ovos embrionados ou animais. De acordo com Virulência Capacidade de um agente etiológico animado de produzir doença de maior ou menor gravidade.
(CURSO DE VIROLOGIA BÁSICA-Prof. Dr. Paulo Michel Roehe-ICBS-RS)
As vacinas são “medicamentos biológicos que contêm substâncias antigênicas que, quando inoculadas, são capazes de induzir imunidade específica ativa e proteger contra, reduzir a
severidade ou combater determinadas doenças” (BRASIL, 2013; BRASIL, 2017).
O sucesso da vacinação é atribuído em grande parte à capacidade de gerar células de memória em uma exposição inicial ao antígeno (Ag) (ABBAS; LICHTMAN; PILLAI, 2015).
Além da proteção direta do vacinado, protegendo-o de doenças infecciosas, as vacinas conferem proteção indireta à comunidade (proteção de rebanho ou de grupo), protegendo as pessoas não vacinadas ao impedir que as vacinadas transmitam a doença (redução do estado de portador são). Além disso, evitam epidemias e erradicam doenças (BRASIL, 2014e; PLÁCIDO; GUERREIRO, 2015).
(FASCÍCULO 13 – Cuidado farmacêutico em vacinação-CRF-SP)
Até 650 mil mortes por ano estão associadas a doenças respiratórias da gripe sazonal, de acordo com novas estimativas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (US-CDC), Organização Mundial da Saúde (OMS) e parceiros globais na área de saúde.
Essa quantidade marca um aumento na estimativa mundial anterior de 250 mil a 500 mil, que data de mais de dez anos e cobriu todas as mortes relacionadas à gripe, incluindo doenças cardiovasculares ou diabetes. As novas cifras de 290 mil a 650 mil mortes se baseiam em dados mais recentes de um grupo maior e mais diversificado de países, incluindo os de renda média baixa, e excluem óbitos por doenças não respiratórias.
Uma forma eficaz e importante de se proteger é tomando uma vacina contra a gripe. Mas há muitos mitos e mal-entendidos sobre esta vacina.
VERDADE. Para a temporada de gripe de 2018-19, a Academia Americana de Médicos de Família recomenda a vacinação anual contra influenza para qualquer pessoa com 6 meses ou mais que não tenha um distúrbio de saúde que possa causar uma complicação. A vacina contra influenza inativa também é recomendada para mulheres grávidas.
MITO. A Academia Americana de Médicos de Família (AAFP) recomenda vacinações anuais de rotina contra influenza. A cada ano diferentes cepas de gripe podem estar presentes. É importante proteger-se todos os anos com as cepas preditas mais recentes que poderiam causar doenças graves.
MITO. A vacina contra a gripe contém um vírus inativado, o que significa que você não pode obter a infecção da gripe a partir do tiro. No entanto, há possíveis efeitos colaterais leves do tiro, incluindo dor, dores de cabeça, febre e náusea. Você deve procurar atendimento médico caso desenvolva sintomas de uma reação alérgica grave, como dificuldade para respirar, rouquidão ou inchaço dos olhos ou dos lábios.
MITO. Na verdade, existem geralmente pelo menos três tipos de vacinas disponíveis, feitas com diferentes cepas de influenza. Atualmente, a maioria dos lugares carrega a vacina inativada quadrivalente. Seu profissional de saúde determinará individualmente qual tipo de vacina contra a gripe é melhor para você.
VERDADE, com restrições. O AAFP e o CDC afirmam que pessoas com histórico de reações alérgicas graves a ovos, o que não significa simplesmente urticária, uma vez que é uma reação leve, podem ser vacinadas, mas devem receber vacinas contra a gripe em um ambiente médico hospitalar ou ambulatorial no trabalho ou uma farmácia. Isso inclui, mas não se limita a hospitais, clínicas, departamentos de saúde e consultórios médicos. A administração da vacina deve ser supervisionada por um clínico que seja capaz de reconhecer e administrar reações alérgicas graves.
MITO. A temporada de gripe, no Brasil pode começar em abril e terminar em setembro, mas você pode pegar a gripe a qualquer época do ano. É difícil prever a gravidade de cada estação de gripe ou cepas e a duração que pode colocá-lo em risco. Então, se você tiver sintomas da gripe fora da “estação de gripe”, procure ajuda médica.
MITO. As mulheres grávidas devem receber a vacina contra a gripe sazonal, uma vez que a gravidez as coloca em maior risco de cair gravemente doentes se contrair a gripe. O tipo inativo de vacina dado a todas as mulheres grávidas não é conhecido por causar qualquer risco para o bebê.
VERDADE. Embora certas pessoas – incluindo os idosos e pessoas com sistema imunológico comprometido – tenham maior probabilidade de desenvolver complicações com risco de vida devido à vacina contra a gripe, qualquer pessoa pode ficar doente da gripe. Além disso, a vacina contra a gripe, assim como outras vacinas, funciona melhor com o que é chamado de “imunidade de rebanho”, ou seja, quanto mais pessoas tomarem a vacina, menos a doença se espalhará.
MITO. Numerosos estudos analisaram esta questão e não encontraram nenhuma ligação entre vacinas e autismo, diz o CDC.
MITO. Postos de saúde, farmácias, consultórios médicos e hospitais oferecem vacinas contra a gripe. Não importa para onde você vá, porque todos usam a mesma vacina. É importante apenas tomar a vacina contra a gripe o mais rápido possível.
Sim, elas são seguras. Todas as vacinas aprovadas são submetidas a testes rigorosos ao longo das diferentes fases de ensaios clínicos e seguem sendo avaliados regularmente uma vez que comercializadas. Cientistas também monitoram constantemente informações de várias fontes para qualquer sinal de eventos adversos relacionados a alguma vacina. A maioria das reações são leves e temporais, tais como dor no local da injeção ou febre baixa. Raros efeitos colaterais graves são notificados e investigados imediatamente.
É muito mais fácil sofrer graves lesões por uma doença prevenível por vacinação do que por uma vacina. A poliomielite, por exemplo, pode causar paralisia; o sarampo, encefalite e cegueira; algumas doenças como difteria, pneumonia, meningites, tétanos e outras que podem ser evitadas por vacinas podem ser mortais. Embora qualquer ferimento grave ou morte causada por vacinas sejam importantes, os benefícios da vacinação superam amplamente os riscos, considerando que muitas outras doenças e mortes ocorreriam sem as vacinas.
Sim! Uma boa higiene, saneamento a água potável não são suficientes para deter doenças infecciosas, por isso a vacinação continua sendo necessária. Se não mantivermos altas taxas de imunização – o que se chama de imunidade coletiva, as doenças preveníveis por vacinas voltarão. Ainda que melhoras na higiene, saneamento e salubridade da água nos ajudem a nos proteger de doenças infecciosas, muitas delas podem se propagar independentemente de quão asseados somo, originando doenças respiratórias, diarreias e até a morte. Sem vacinação, doenças que hoje são raras (como a poliomielite, o sarampo e a coqueluche) podem reaparecer rapidamente.
As vacinas interagem com o sistema imunológico e produzem uma resposta imunitária similar àquela gerada por infecções naturais, mas sem causar adoecimento e sem colocar a pessoa imunizada em risco de sofrer as possíveis complicações de uma enfermidade. Por outro lado, o preço a se pagar pela imunização por meio da infecção natural pode consistir em disfunção cognitiva na infecção por Haemophilus influenzae tipo B, condições congênitas no caso da rubéola, câncer hepático na hepatite B ou morte por complicações relacionadas ao sarampo, ao vírus do papiloma humano, ou influenza gripal.
Por mais que as doenças que podem ser prevenidas por vacinas sejam raras em muitos países, os agentes infecciosos que as causam seguem circulando em outros. Em um mundo tão interconectado como o de hoje, esses agentes podem cruzar fronteiras geográficas e infectar qualquer pessoa que não esteja protegida. Assim, por exemplo, surgiram surtos de sarampo em populações não vacinadas na Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Rússia, França, Grécia, Itália, Reino Unido, Sérvia e Suíça, entre outros.
Os dois principais motivos para se vacinar são: proteger a nós mesmos e às pessoas que nos rodeiam. Programas de vacinação bem-sucedidos dependem da cooperação de cada indivíduo para garantir o bem-estar de todas e todos. Não devemos esperar que as pessoas ao nosso redor impeçam a propagação da doença; nós também devemos fazer o que está ao nosso alcance.
Evidências científicas mostram que administrar várias vacinas ao mesmo tempo não afeta negativamente o sistema imunológico de uma criança. As crianças são expostas a várias centenas de substâncias estranhas que desencadeiam uma resposta imunológica todos os dias. O simples ato de ingerir alimentos introduz novos antígenos no organismo e numerosas bactérias vivem em nossa boca e em nosso nariz. Uma criança é exposta a muito mais antígenos de um resfriado comum ou uma dor de garganta do que de vacinas.
Quando uma vacinação combinada é possível (para difteria, coqueluche e tétano, por exemplo), a criança receberá menos injeções e isso reduzirá seu desconforto. Além disso, há a vantagem de ter que fazer menos visitas aos estabelecimentos de saúde, o que economiza tempo e dinheiro. Além disso, várias medidas também podem ser tomadas para reduzir a dor da “picada” no momento da vacinação.
A gripe é uma doença grave que mata entre 300 mil e 500 mil pessoas em todo o mundo a cada ano. Mulheres grávidas, crianças pequenas, pessoas idosas que possuem problemas de saúde e qualquer pessoa com uma condição crônica, como asma ou doença cardiovascular, correm maior risco de infecção grave e morte. Vacinar mulheres grávidas tem o benefício adicional de proteger seus bebês (atualmente não há vacina para bebês com menos de 6 meses).
As vacinas contra a gripe sazonal oferecem imunidade às três cepas mais prevalentes, que circulam em qualquer época do ano. É a melhor maneira de reduzir as chances de uma gripe mais grave e de disseminá-la para outras pessoas e é usada há mais de 60 anos. Evitar a gripe significa evitar custos adicionais de cuidados médicos e perda de renda por falta de dias de trabalho ou escola.
O tiomersal é um composto orgânico contendo mercúrio adicionado a algumas vacinas como conservante. Seu uso é seguro; trata-se do conservante mais utilizado para as vacinas que são fornecidas em frascos de múltiplas doses. Não há evidências que sugiram que a quantidade de tiomersal usada em vacinas represente um risco à saúde.
Um estudo de 1998 levantou preocupações sobre uma possível ligação entre a vacina contra sarampo, rubéola e caxumba (MMR) e o autismo. Descobriu-se posteriormente que esse estudo é seriamente falho e fraudulento. O artigo foi retirado pela revista que o publicou. Sua divulgação desencadeou um pânico que levou à queda das taxas de imunização e aos subsequentes surtos dessas doenças. Não há evidências de uma ligação entre essa vacina e o autismo ou transtorno do espectro autista.
FAKE NEWS | O QUE DIZ O MINISTÉRIO DA SAÚDE |
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Vacinas causam autismo | Não, vacinas não causam autismo. Um estudo apresentado em 1998, que levantou preocupações sobre uma possível relação entre a vacina contra o sarampo, a caxumba e a rubéola e o autismo, foi posteriormente considerado seriamente falho e o artigo foi retirado pela revista que o publicou. |
Uma melhor higiene e saneamento farão as doenças desaparecerem – vacinas não são necessárias | As vacinas são necessárias, assim como a higiene e o saneamento. As doenças que podem ser prevenidas por vacinas retornarão caso os programas de imunização sejam interrompidos. Uma melhor higiene, lavagem das mãos e uso de água limpa ajudam a proteger as pessoas de doenças infecciosas. Entretanto, muitas dessas infecções podem se espalhar, independente de quão limpos estamos. |
As vacinas têm vários efeitos colaterais prejudiciais e de longo prazo que ainda são desconhecidos. A vacinação pode ser até fatal | Não é verdade. As vacinas são muito seguras. A maioria das reações são geralmente pequenas e temporárias, como um braço dolorido ou uma febre ligeira. Eventos graves de saúde são extremamente raros e cuidadosamente monitorados e investigados. É muito mais provável que uma pessoa adoeça gravemente por uma enfermidade evitável pela vacina do que pela própria vacina. A poliomielite, por exemplo, pode causar paralisia; o sarampo pode causar encefalite e cegueira; e algumas doenças preveniveis por meio da vacinação podem até resultar em morte. |
A vacina combinada contra a difteria, tétano e coqueluche e a vacina contra a poliomielite causam a síndrome da morte súbita infantil | Não é verdade. Não há relação causal entre a administração de vacinas e a síndrome da morte súbita infantil (SMSI), também conhecida como síndrome da morte súbita do lactente. No entanto, essas vacinas são administradas em um momento em que os bebês podem sofrer com essa síndrome. Em outras palavras, as mortes por SMSI são coincidentes à vacinação e teriam ocorrido mesmo se nenhuma vacina tivesse sido aplicada. É importante lembrar que essas quatro doenças são fatais e que os bebês não vacinados contra elas estão em sério risco de morte ou incapacidade grave. |
As doenças evitáveis por vacinas estão quase erradicadas em meu país, por isso não há razão para me vacinar | Não se pode relaxar em relação à vacinação. Embora as doenças evitáveis por vacinação tenham se tornado raras em muitos países, os agentes infecciosos que as causam continuam a circular em algumas partes do mundo. Em um mundo altamente interligado, esses agentes podem atravessar fronteiras geográficas e infectar qualquer pessoa que não esteja protegida. Desde 2005, por exemplo, na Europa Ocidental ocorrem focos de sarampo em populações não vacinadas (Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Espanha, Suíça e Reino Unido). Dessa forma, as duas principais razões para a vacinação são proteger a nós mesmos e também as pessoas que estão à nossa volta. |
Doenças infantis evitáveis por vacinas são apenas infelizes fatos da vida | Essa afirmação é errada e absurda. As doenças evitáveis por vacinas não têm que ser “fatos da vida”. Enfermidades como sarampo, caxumba e rubéola são graves e podem levar a complicações graves em crianças e adultos, incluindo pneumonia, encefalite, cegueira, diarreia, infecções de ouvido, síndrome da rubéola congênita (caso uma mulher seja infectada com rubéola no início da gravidez) e, por fim, à morte. Todas essas doenças e o sofrimento que elas causam podem ser prevenidos com vacinas. O fato de não vacinar as crianças faz com que elas fiquem desnecessariamente vulneráveis. |
Aplicar mais de uma vacina ao mesmo tempo em uma criança pode aumentar o risco de eventos adversos prejudiciais, que podem sobrecarregar seu sistema imunológico | Não é verdade. Evidências científicas mostram que aplicar várias vacinas ao mesmo tempo não causa aumento de eventos adversos sobre o sistema imunológico das crianças. Elas são expostas a centenas de substâncias estranhas, que desencadeiam uma resposta imune todos os dias. O simples ato de comer introduz novos antígenos no corpo e numerosas bactérias vivem na boca e no nariz. Uma criança é exposta a muito mais antígenos de um resfriado comum ou dor de garganta do que de vacinas. As principais vantagens de aplicar várias vacinas ao mesmo tempo são: menos visitas ao posto de saúde ou hospital, o que economiza tempo e dinheiro; e uma maior probabilidade de que o calendário vacinal seja completado. Além disso, quando é possível ter uma vacinação combinada – como para sarampo, caxumba e rubéola – menos injeções são aplicadas. |
As vacinas contêm mercúrio, que é perigoso | Não existe evidência que sugira que a quantidade de tiomersal utilizada nas vacinas represente um risco para a saúde. O tiomersal é um composto orgânico, que contém mercúrio, adicionado a algumas vacinas como conservante. É o conservante mais utilizado para vacinas que são fornecidas em frascos multidose. |
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